O surto acaba de superar o da primeira epidemia registrada na história da República Democrática do Congo, em 1976. Até o momento, foram registrados 319 casos e 201 mortes.
As afirmações foram feitas neste sábado (10) em comunicado pelo ministro da Saúde do Congo, na África, Oly Ilunga Kalenga.
Equipes responsáveis por responder ao surto "enfrentaram ameaças, agressões físicas, repetidas destruições de seus equipamentos e sequestros", afirmou o ministro da Saúde, Oly Ilunga.
"Dois de nossos colegas da Unidade Médica de Resposta Rápida perderam a vida em um ataque", disse ele.
Essa é a primeira vez que uma epidemia de ebola é declarada em uma zona em conflito, onde operam uma centena de grupos armados. As crises sociais provocam o deslocamento contínuo de milhares de pessoas e a consequente disseminação do vírus.
À forte rejeição gerada por grande parte da população ao ser tratada contra o ebola - devido ao desconhecimento, ao medo de uma doença que pode ser mortal e às crenças culturais - se soma à instabilidade que assola estas regiões do noroeste da RDC.