Gliter e vaselina no corpo (Foto: Lívia Torres )
Observe no vídeo abaixo o momento em que o plástico entra na cadeia alimentar.
Um cientista filmou o momento em que a microfibra de plástico é ingerida por plâncton, ilustrando como o material está afetando a vida sob as ondas.
As imagens, tiradas pelo Dr. Richard Kirby, mostram uma maneira pela qual os resíduos de plástico podem estar entrando na cadeia alimentar marinha e global.
Alarming instant an arrow worm eats a microfiber and plastic enters the ocean's plankton food chain. As seen on BBC https://t.co/gJVxWzxZjI. pic.twitter.com/G14xKf4zRm— Dr Richard Kirby (@PlanktonPundit) 13 de março de 2017
Microplásticos, como são chamados as minúsculas partículas feitas desse material que, basicamente, não se decompõe.
No caso dos microplásticos usados na pele durante o carnaval, é comum que sejam feitos de copolímeros de plástico e folículos de alumínio.
Os microplásticos são do pior tipo possível. Por conta de seu tamanho, é praticamente impossível recolhê-los e, por essa razão, eles somam 85% de todo o plástico encontrado na natureza.
Nas águas, os plásticos costumam matar peixes, tartarugas e outros seres, que os ingerem confundindo com comida.
O glitter e a purpurina são ainda mais maléficos: podem ser engolidos desde pelos seres mais diminutos até os do topo da cadeia alimentar.
Além da morte dos animais, há ainda a questão econômica. Com a diminuição da vida aquática, toda a pesca fica prejudicada e, também, todos os povos e comunidades que dependem dela para sobreviver.
Você pode até pensar que as grandes indústrias poluem demais o ambiente e que um pouquinho de glitter não vai fazer esse mal todo. Mas, convenhamos, o glitter e a purpurina são tão necessários assim? Fazer menos que o mínimo para tornar o mundo melhor é realmente fazer muito pouco.
Neste carnaval, divirta-se sem destruir. Cuide dos oceanos e descuide do resto.
Fonte: Pedra