Eletroconvulsoterapia (Eletrochoque), não é como o de antigamente. Saiba que mudou no tratamento aprovado para o SUS e as mentiras e verdades que você precisa saber!
Não importa o que o novo governo faça, a mídia está empenhada em distorcer os fatos e informar ao público apenas o lado ruim das questões. Isso confunde os leigos e traz impasses desnecessários.
Atualmente este procedimento é chamado de “eletroconvulsoterapia” e, se bem aplicado, pode salvar vidas. Porém a mídia, amparada por formadores de opinião leigos, levanta a voz contra este “retrocesso” (noticiasdalou).
O Ministério da Saúde publicou nesta semana um documento que dá sinal verde para a compra de aparelhos de eletroconvulsoterapia (eletrochoques) para o Sistema Único de Saúde (SUS).
O que mudou do eletrochoque de antigamente para o de hoje?
Eletroconvulsoterapia (ECT) é um tratamento reconhecido e autorizado pelo Conselho Federal de Medicina e a America Psychiatric Association e que tem alto índice de eficácia e segurança, embora seja mal vista devido a suas semelhanças com o arcaico eletrochoque.
São justamente as convulsões que geram um mecanismo anticonvulsivo que altera a química cerebral de forma semelhante aos antidepressivos, sendo capaz de aliviar diversos transtornos como depressão profunda, bipolaridade, esquizofrenia e epilepsia.
Confira o que muda do eletrochoque para a eletroconvulsoterapia:
Paciente só faz se quiser
Não estamos falando de um tratamento que o paciente é obrigado a fazer de forma compulsória, mas sim eletiva. Ou seja, a pessoa só se submete à eletroconvulsoterapia se quiser e tiver indicação expressa para tal.
Tratamento seguro
A eletroconvulsoterapia é segura, pois ocorre em ambiente hospitalar com o paciente com monitoramentos cerebral e cardíaco.
Essas aplicações são realizadas por médicos e, a cada sessão, é avaliada a evolução do quadro.
Não é doloroso
Antes do procedimento, o paciente recebe relaxante muscular e sedação, o que anula a possibilidade de sentir quaisquer desconfortos ou dores .
Efeitos colaterais amenos
Quando ocorre, o principal efeito colateral é a perda de memória temporária, que dura pouco tempo.
Também de maneira pouco comum, podem surgir náusea e dor de cabeça.
Vale lembrar que pessoas que tenham problemas cardiovasculares não devem se submeter à eletroconvulsoterapia.
Convulsões apenas cerebrais
As convulsões geradas ocorrem somente no cérebro, sendo percebidas por aparelhos de monitoramento neurológico. Ou seja, o paciente permanece imóvel e relaxado, sem se debater como ocorria no eletrochoque.
Eficaz
A eficácia da eletroconvulsoterapia pode chegar a 90%. Muitos estudos, inclusive, mostram uma superioridade em relação a tratamentos com medicamentos, que apresentam eficácia entre 60 e 70%.
O tratamento ainda apresenta resposta rápida. Geralmente após oito sessões.
Para quem é indicado?
O procedimento é encarado como última opção, ou seja, só indicado para pacientes que já tentaram outros métodos, como psicoterapia e medicamentos, mas não obtiveram sucesso.